terça-feira, 11 de setembro de 2012

Resenha Crítica do Artigo: "Fordismo, Toyotismo e Volvismo: Os Caminhos Da Indústria Em Busca Do Tempo Perdido."


Fordismo, Toyotismo e Volvismo: os caminhos da indústria em busca do tempo perdido.

Reestruturação da industria, organização do trabalho, métodos de produção.



Esse artigo científico publicado pela RAE Revista de Administração de Empresas no ano de 1992, Thomaz Wood Jr, um engenheiro químico, mestrado em administração de empresas, que redigiu um material que organizou a base de toda a reestruturação industrial; organização
trabalhista e os métodos produtivos empregados pelos sistemas automobilísticos: Ford, Toyota e Volvo.
Este trabalho mostrará três metáforas: a ascensão e queda da produção em massa- o “Sistema Fordista”; o nascimento e as características do “Sistema Toyota”; e o surgimento do “Sistema Volvo”, e ao final do trabalho, ter produzido uma visão gral sobre o processo de transformação e reestruturação da indústria neste século.

Organizações como Máquinas: Ford e a produção em massa
Segundo o autor, a palavra organização vem do grego organon, que significa instrumento, logo organizações é uma forma de entidade destinada a viabilizar a obtenção de objetivos predeterminados. Wood Jr associou o Fordismo à metáfora da máquina, sendo que este conceito foi utilizado a partir de certo estágio do processo de industrialização. Através desta metáfora passou-se a usar as máquinas para as pessoas e a moldar o mundo de acordo com processos mecânicos.

                                                                       Henri Ford


Queda do Fordismo
Principais razões: o sistema de controle altamente burocratizado (Raiz do declínio da empresa), crise do petróleo nos anos 70 e estagnação econômica, ascensão do Japão e outros novos concorrentes, falta de políticas industriais claras e melhores orientadas, declínio da qualidade da educação em vários níveis, capitalismo de papel e a especulação financeira e o s movimentos sociais iniciados na Europa (força de trabalho reivindicava redução de jornada de trabalho e melhores salários). 


Toyota – ascensão da produção flexível
Para Wood Jr. o sistema Toyota de produção pode ser associado à metáfora do organismo. Estas metáforas apresentam ressalta a compreensão das relações ente organização e o meio enfocam a sobrevivência como objetiva central, valoriza a inovação e finalmente depreende a busca da harmonia entre estrutura, tecnologia e as dimensões humanas. Taiichi Ohno foi o Criador da Toyota.

                                                                       Taiichi Ohno


Características do Toyotismo
Ressaltamos os seguintes principais pontos: trabalhos em grupos, com várias responsabilidades e agrupados a um líder; operários responsáveis pela qualidade possuíam autonomia para a produção sempre que identificassem problemas nos produtos, gerando em longo prazo um aumento significativo na qualidade; rede de fornecedores / grupos de fornecedores, agrupando-os por funções dos produtos, buscando uma parceria de longo prazo; Just-in-time, controle do fluxo de componentes e redução de estoques intermediários; flexibilidade compatibilizando as necessidades do consumidor com as mudanças tecnológicas, integração de processo, produto e engenharia industrial (enquanto Ford e GM produziam um modelo por planta, a Toyota produzia 3 modelos e o ciclo de vida dos produtos japoneses tinham a metade dos produtos europeus e americanos).



Volvo: o caminho da flexibilidade criativa
Para o autor o modelo Volvo de produção se assemelha a um cérebro. Esta metáfora apresenta as características de um Holograma, que pode ser definida da seguinte forma: faz o todo em cada parte, cria a conectividade e redundância, cria a simultaneamente a especialização e a generalização e cria a capacidade de auto-organização. Deve-se ter cuidado para não interpretar este novo modelo como um simples retorno a produção manual.


Características
Os pontos mais importantes são os seguintes: flexibilização funcional (alto grau de automação e informatização), gerando uma produção diversificada de qualidade; internacionalização da produção e a democratização da vida no trabalho, treinamento intensivo, tendo quatro meses de treinamento inicial mais três períodos de aperfeiçoamento, ao final de 17 meses um operário estaria apto a montar totalmente um automóvel; produção manual e alto grau de automação; flexibilidade de produto e processo; possibilitou a redução da intensidade do capital investido; aumento de produtividade, redução de custos e produtos de maior qualidade.
                                                              

Conclusão
A intenção do trabalho foi tentar encontrar uma linha evolutiva que cruzasse os três “ismos” - Fordismo, Toyotismo e Volvismo - e fornecesse uma visão do processo de transformação da indústria naquele século, apontando para a organização do futuro.
O autor do artigo, Wood abordou ilustrar cada um desses métodos. Este artigo tem a compreensão do processo das mudanças ocorridas ao longo do tempo. Traz os principais conceitos voltados ao gerenciamento, no método de produção e à forma de organização do trabalho. Tendo Ford com a sua montagem rígida de produção, a Toyota em sua produção enxuta e a Volvo.



       
Referência bibliográfica


WOOD JR, T. Fordismo, Toyotismo e Volvismo: os Caminhos da Indústria em Busca do Tempo Perdido. RAE. Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v.32, p. 6-18, 1992. 


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